quarta-feira, março 22, 2006
terça-feira, março 21, 2006
As minhas pátrias!
Esta semana andei a “renegar” as virtudes de Madrid... Isto de ter de viajar todas as semanas tem as suas coisas e há dias de mau-humor. Afirmei que não me vejo aqui a viver outra vez, que 3 anos já chegam e que adoro a minha vida em Barcelona.
Então acontece-me o que sempre que me tem acontecido nos períodos de desapego a Madrid (a 1ª vez que pensei mudar-me, quando me mudei, etc): começo a saborear uma nostalgia da despedida (mesmo que a despedida seja hipotética), a reviver as grandes coisas que tem esta cidade e os momentos que aqui tenho passado.
Esta noite (este post foi escrito na passada 5ª feira) ao chegar a casa já quase às 10 da noite, em vez de ficar a folhear uma revista, a ler um livro ou a vegetar em frente à TV, decidi dar uma volta até ao VIP’s (uma espécie de loja de conveniência que vende de tudo desde CD’s a revistas estrangeiras e servem comida até às 3 da manha) mais próximo na Calle Serrano cruzando a “milha de ouro” madrilenha.
Comprei a Time (que há muito não lia) e um especial dos Oscars e lá fui comer uma saladinha entregue aos meus prazeres “literários”.
Voltando a casa fui espreitando a montra do El Corte Inglês, a de outras lojas “betas” dos vários designers internacionais e desviei-me até à novíssima loja do Jimmy Choo. É sempre prudente dar liberdade aos teus impulsos consumistas através da segurança da montra de uma loja fechada ; )
Estava em Madrid mas podia estar em Paris nos Champs Elysées ou na 5ª avenida em NYC que as “vistas” não teria sido muito diferentes.
Isto parece uma parvoíce, uma futilidade mas é uma das coisas que me agrada em Madrid. É uma cidade cada vez mais cosmopolita (veja-se a representação internacional de importantes nomes da moda, podes ter o teu próprio momento Sex&the City), tem uma vida nocturna invejável por todo o mundo (não há que dizer que todos os restaurantes e bares por onde passei estavam a abarrotar) e dá-te a segurança de poder passear às 11 e tal da noite, sozinha, distraidamente a ver montras sem ter de estar “de guarda” (obviamente não é assim em todos os bairros mas neste sim).
Acho que é a cidade ideal dos “ermitas” urbanos. É o sitio para perder-te entre gente a qualquer hora do dia. E com este calorzinho antecipado começa-se a sentir o cheiro das noites estivais madrilenhas, esse ar seco por vezes tão desagradável, mas excelente nas noites de Primavera.
Passo 4 ou 5 dias por semana em Madrid mas hoje tenho as mesmas saudades da cidade que teria se não a visitasse há anos! Às vezes sinto-me como uma apátrida porque sinto que pertenço a todos os sítios e a nenhum simultaneamente. Acho que a solução para a minha “doença” é ser uma viajante permanente. Mudar de cidade cada 6 meses. As viagens fugazes não me satisfazem. Meros dias não me chegam. Gosto de me impregnar dos lugares, das gentes, dos costumes. Quero reter os cheiros, as imagens, as recordações.
Hoje irei dormir enamorada de Madrid. Amanha quando aterre em Barcelona e veja as quadriculas do Eixample cortadas pela Diagonal, o mar, a torre Agbar, a Sagrada Família... então tocarei terra apaixonada por Barcelona. Na semana que vem quando estiver a chegar a Lisboa e veja o Tejo, a 25 de abril, as 7 colinas.... estarei apaixonada por Lisboa.
Dublin, Londres, Paris, Praga, NYC, Roma, Porto, Amesterdão, etc, etc... Todas cidades pelas quais já estive, estou e estarei apaixonada... Sou apátrida!!
Então acontece-me o que sempre que me tem acontecido nos períodos de desapego a Madrid (a 1ª vez que pensei mudar-me, quando me mudei, etc): começo a saborear uma nostalgia da despedida (mesmo que a despedida seja hipotética), a reviver as grandes coisas que tem esta cidade e os momentos que aqui tenho passado.
Esta noite (este post foi escrito na passada 5ª feira) ao chegar a casa já quase às 10 da noite, em vez de ficar a folhear uma revista, a ler um livro ou a vegetar em frente à TV, decidi dar uma volta até ao VIP’s (uma espécie de loja de conveniência que vende de tudo desde CD’s a revistas estrangeiras e servem comida até às 3 da manha) mais próximo na Calle Serrano cruzando a “milha de ouro” madrilenha.
Comprei a Time (que há muito não lia) e um especial dos Oscars e lá fui comer uma saladinha entregue aos meus prazeres “literários”.
Voltando a casa fui espreitando a montra do El Corte Inglês, a de outras lojas “betas” dos vários designers internacionais e desviei-me até à novíssima loja do Jimmy Choo. É sempre prudente dar liberdade aos teus impulsos consumistas através da segurança da montra de uma loja fechada ; )
Estava em Madrid mas podia estar em Paris nos Champs Elysées ou na 5ª avenida em NYC que as “vistas” não teria sido muito diferentes.
Isto parece uma parvoíce, uma futilidade mas é uma das coisas que me agrada em Madrid. É uma cidade cada vez mais cosmopolita (veja-se a representação internacional de importantes nomes da moda, podes ter o teu próprio momento Sex&the City), tem uma vida nocturna invejável por todo o mundo (não há que dizer que todos os restaurantes e bares por onde passei estavam a abarrotar) e dá-te a segurança de poder passear às 11 e tal da noite, sozinha, distraidamente a ver montras sem ter de estar “de guarda” (obviamente não é assim em todos os bairros mas neste sim).
Acho que é a cidade ideal dos “ermitas” urbanos. É o sitio para perder-te entre gente a qualquer hora do dia. E com este calorzinho antecipado começa-se a sentir o cheiro das noites estivais madrilenhas, esse ar seco por vezes tão desagradável, mas excelente nas noites de Primavera.
Passo 4 ou 5 dias por semana em Madrid mas hoje tenho as mesmas saudades da cidade que teria se não a visitasse há anos! Às vezes sinto-me como uma apátrida porque sinto que pertenço a todos os sítios e a nenhum simultaneamente. Acho que a solução para a minha “doença” é ser uma viajante permanente. Mudar de cidade cada 6 meses. As viagens fugazes não me satisfazem. Meros dias não me chegam. Gosto de me impregnar dos lugares, das gentes, dos costumes. Quero reter os cheiros, as imagens, as recordações.
Hoje irei dormir enamorada de Madrid. Amanha quando aterre em Barcelona e veja as quadriculas do Eixample cortadas pela Diagonal, o mar, a torre Agbar, a Sagrada Família... então tocarei terra apaixonada por Barcelona. Na semana que vem quando estiver a chegar a Lisboa e veja o Tejo, a 25 de abril, as 7 colinas.... estarei apaixonada por Lisboa.
Dublin, Londres, Paris, Praga, NYC, Roma, Porto, Amesterdão, etc, etc... Todas cidades pelas quais já estive, estou e estarei apaixonada... Sou apátrida!!
segunda-feira, março 06, 2006
Ski, scu...
Cada vez que vou esquiar, naqueles momentos do madrugao, de apertar das botas,de carregar os skis, de passar frio na fila das "telecadeiras"... penso: "porque faço isto? Vou sair daqui cansada, cheia de sono, com as canelas a doer...". Mas, naquele momento, naquele mágico momento en que chegas ao topo da pista; nessa fracçao de tempo em que esperas o grupo e ves a neve branquinha, neve pó, ali, a pedir ser pisada. Nesse momento, chegam-te as saudades de um ano sem repetir. Sentes ansiedade. Que cheguem já todos que nao posso esperar mais!
Finalmente estamos todos. Combinamos o ponto de encontro, a "estratégia" a seguir, vemos os mapas, organizamos os grupos de acordo com a perícia e experiência de cada um, damos a partida.
E entao lá vou, lanço-me à pista, caem-me as lágrimas da velocidade com que corto o ar frio e desco, esquivo um, esquivo outro e finalizo derrapando ao chegar ao fim. E nesse momento lembro-me que "sofro" tudo isto porque... Adoro esquiar!
O nosso grupo em Font Romeu (Pirineu Francês)

Onde está o Marc?, parte II
Finalmente estamos todos. Combinamos o ponto de encontro, a "estratégia" a seguir, vemos os mapas, organizamos os grupos de acordo com a perícia e experiência de cada um, damos a partida.
E entao lá vou, lanço-me à pista, caem-me as lágrimas da velocidade com que corto o ar frio e desco, esquivo um, esquivo outro e finalizo derrapando ao chegar ao fim. E nesse momento lembro-me que "sofro" tudo isto porque... Adoro esquiar!
O nosso grupo em Font Romeu (Pirineu Francês)

Onde está o Marc?, parte II
